Timor vai distribuir urgentemente arroz por todos os municípios

O Centro Logístico Nacional (CLN) timorense inicia no sábado o processo de distribuição urgente de arroz para todo o território, como resposta às carências que já se notam em vários municípios daquele que é um dos bens mais essenciais do país.

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Lusa
19/03/2021 06:15 ‧ 19/03/2021 por Lusa

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Timor

O presidente do Centro Logístico Nacional (CLN), Augusto Júlio Trindade, explicou à Lusa que a ação prevê a distribuição de mil toneladas para cada um dos 12 municípios do país e mais três mil toneladas para a Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA).

"O CLN está a atuar primeiro para normalizar preços no mercado e depois para dar à população a certeza de que o Governo, o Estado tem stock suficiente para garantir o abastecimento", detalhou.

Trindade referiu que vários municípios já formalizaram o pedido de apoio e que, por isso, estão a ser preparadas quase 45 mil sacas para várias zonas do país, incluindo nas regiões de Covalima e Bobonaro, disse, onde "já há grandes especulações de preço".

Para poder iniciar a distribuição, o CLN, com o apoio do Ministério Coordenador dos Assuntos Económicos (MCAE) está a tratar das autorizações de circulação necessárias, dado as várias cercas em vigor, com o Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC).

"Esperamos poder começar a sair amanhã ou no sábado", frisou.

Sobre a situação do mercado, Augusto Trindade disse que se começam a evidenciar aumentos de preço, com as sacas de 25 dólares (20,9 euros) a chegar aos 18 dólares (15 euros), acima do valor fixado pelo Governo de 12,5 dólares (10,4 euros) por sacos distribuídos pelo CLN.

Esse valor máximo de venda foi fixado num diploma ministerial conjunto, de 02 de março, assinado pelo ministro Coordenador dos Assuntos Económicos, Joaquim Amaral e pelo ministro das Finanças, Rui Augusto Gomes.

A medida teve em conta a "situação da segurança alimentar no país e especificamente sobre a disponibilidade e preços do arroz a nível nacional", especialmente devido aos efeitos da pandemia.

O Governo quer "prevenir insuficiências no abastecimento do arroz e evitar um aumento indiscriminado do preço deste bem alimentar fundamental para as famílias timorenses", o que justifica a "intervenção do Governo para que este bem essencial seja proporcionado às famílias a preço acessível".

O diploma ordena o CLN a "proceder imediatamente à venda do arroz que tem armazenado para fazer face à atual situação de escassez deste bem alimentar essencial, com prioridade às zonas populacionais sob cerca sanitária".

O preço da compra do arroz pelas empresas ao CLN, para ser revendido nos mercados municipais varia de acordo com os municípios entre os nove dólares na RAEOA e os 11,7 em Díli, sendo que as sacas só podem ser vendidas ao consumidor, em qualquer região, por um máximo de 12,5 dólares por saco de 25 quilos.

Leia Também: Timor anuncia 13 novos casos e novo máximo de casos ativos

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