Biden quer proibir armas de assalto. "Não devia ser problema partidário"

O presidente norte-americano mostrou-se "devastado" após o tiroteio num supermercado do Colorado que provocou a morte de dez pessoas. Biden pediu ação dos legisladores relativamente ao controlo de armas.

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© Jonathan Ernst/Reuters

Notícias ao Minuto
23/03/2021 18:31 ‧ 23/03/2021 por Notícias ao Minuto

Mundo

Tiroteio em Boulder

Joe Biden reagiu esta terça-feira ao tiroteio de ontem num supermercado em Boulder, no Colorado, que vitimou dez pessoas. O presidente pediu aos congressistas norte-americanos para promulgarem rapidamente legislação que proíba a posse de armas de assalto, como a que foi usada em Boulder, e de munições de grande capacidade recorrentemente usadas em tiroteios em massa nos Estados Unidos, segundo o The New York Times.

“Isto não é e não devia ser um problema partidário. É um problema americano. Temos de agir”, disse Biden num tom sombrio, em declarações prestadas na Casa Branca.

O presidente não quis comentar os detalhes sobre o ataque em Boulder, mas afirmou que já conversou com o governador do estado do Colorado, Jared Polis, e com o procurador-geral, Merrick Garland, desde o tiroteio desta segunda-feira e que vai continuar a consultar com outras figuras.

“A Jill (primeira-dama dos Estados Unidos) e eu estamos devastados. Simplesmente não consigo imaginar como as famílias se estão a sentir”, acrescentou.

Antes destas declarações, Biden já tinha ordenado que as bandeiras dos Estados Unidos nos edifícios federais permanecessem a meia-haste. As bandeiras estiveram a meia-haste até esta segunda-feira, recorde-se, após os tiroteios em Atlanta, que ceifaram a vida a oito pessoas.

A vice-presidente norte-americana também já tinha reagido ao tiroteio de Boulder. “Eram dez pessoas que estavam a viver as suas vidas, sem incomodar ninguém”, sublinhou Kamala Harris, que se mostrou chocada com o facto de alguém poder matar “um polícia que estava a cumprir o seu serviço, com grande coragem e heroísmo”.

Recorde-se que Joe Biden tem um longo historial na árdua tarefa de tentar implementar legislação mais rígida relativamente ao controlo de armas nos Estados Unidos. Quando era vice-presidente, Barack Obama encarregou-o de elaborar um pacote de medidas legislativas sobre o controlo de armas, na sequência do tiroteio de Sandy Hook, em 2012.

No entanto, as tentativas de impor um controlo de armas mais apertado na América esbarram invariavelmente num confronto político e de vontades no Congresso. Regra geral, os democratas mostram-se favoráveis à implementação de legislação mais rígida nesta matéria, mas costumam deparar-se com a resistência dos republicanos.

Aliás, após o tiroteio no supermercado em Boulder, os congressistas do Partido Democrata renovaram os apelos ao controlo de armas, e os congressistas republicanos mantiveram a sua intransigência quanto a este tema.

O tiroteio em Boulder fez dez vítimas mortais, incluindo um agente da polícia de Boulder. O suspeito do tiroteio foi identificado como sendo Ahmad Al Aliwi Alissa, de 21 anos. Foi acusado de 10 crimes de homicídio.

Leia Também: Tiroteio em Boulder aconteceu dias após veto de lei de controlo de armas

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