Risco de falta de oxigénio em seis estados brasileiros

As reservas de oxigénio destinadas à respiração artificial de pacientes gravemente afetados pela covid-19 atingiram níveis "preocupantes" em seis estados do Brasil, onde a pandemia está numa fase crítica, revelaram hoje fontes oficiais.

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Lusa
23/03/2021 18:41 ‧ 23/03/2021 por Lusa

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Covid-19

 

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"Segundo a monitorização do Ministério da Saúde, a situação é mais preocupante em seis estados: Acre, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte", explicou a Procuradoria-Geral da República (PGR) em comunicado.

Em janeiro, uma dramática falta de oxigénio em Manaus, a maior cidade da região amazónica, causou dezenas de mortes em hospitais saturados.

Manaus, capital do estado do Amazonas, com 2,2 milhões de habitantes, viveu uma situação caótica, em que muitas pessoas foram obrigadas a obter cilindros de oxigénio no mercado negro para tratar familiares em casa.

Na tentativa de evitar que uma tragédia semelhante volte a acontecer em outras regiões, o Ministério Público Federal organizou uma reunião no início desta semana com representantes do Ministério da Saúde e da White Martins, uma das principais fornecedoras de oxigénio.

"Esta empresa enfrenta um aumento exponencial da procura, com aumentos de 300% em algumas regiões", indica a nota da PGR.

Na segunda-feira, o estado de São Paulo anunciou a instalação, em dez dias, de uma fábrica de oxigénio medicinal na cidade de Ribeirão Preto, em parceria com a gigante da cerveja Ambev. A central de oxigénio deverá produzir 125 cilindros por dia, destinados aos hospitais sobrelotados da região.

O executivo de São Paulo, o mais populoso do Brasil com 46 milhões de habitantes, anunciou hoje que havia registado, pela primeira vez, mais de 1.000 mortes por covid-19 em 24 horas.

Segundo a rede Globo, mais de 130 pessoas morreram por não conseguirem uma cama nos cuidados intensivos em São Paulo, que é também o estado mais rico do país.

Em Brasília, capital do Brasil, mais de 400 pessoas aguardam por vaga nos cuidados intensivos. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram corpos empilhados em corredores de hospitais antes de serem transferidos para a morgue.

Na manhã de hoje, o novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, tomou posse, mais de uma semana após a sua nomeação, numa cerimónia discreta em Brasília, sem a presença da imprensa.

A gestão do seu antecessor, um militar sem experiência médica, general Eduardo Pazuello, tem sido amplamente criticada, à medida que o país avança numa crise de saúde descontrolada.

O Brasil, que atravessa o pior momento da pandemia, é o segundo país do mundo mais afetado pela covid-19, com 12 milhões de casos e 295.425 mortes, apenas atrás dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.732.899 mortos no mundo, resultantes de cerca de 123,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

 

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