Os bares, ginásios, piscinas, teatros, clubes noturnos e cinemas, que estavam abertos desde o início de fevereiro, vão encerrar de novo, apesar de os restaurantes poderem funcionar até às 22:00.
O número máximo permitido de pessoas em reuniões públicas vai ser reduzido de 50 para 10, segundo o pacote de medidas que entrará em vigor à meia-noite e que se prolongará por três semanas, muito semelhante ao aplicado em finais de outubro para conter a segunda vaga.
"A nossa estratégia de teste e rastreio de contactos teve êxito até agora. Nos últimos três meses tivemos mais liberdade que outros países da Europa, mas agora há sinais vermelhos e temos de reagir", disse em conferência de imprensa a primeira-ministra, Katrín Jakobsdóttir.
A Islândia era até há uma semana o único país que surgia na zona verde no mapa semanal de contágio divulgado pelo Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC), mas voltou a registar nos últimos dias uma subida dos casos, associados a um surto numa escola de Reiquiavique.
Esta ilha situada no Atlântico Norte e com cerca de 340.000 habitantes registou até ao momento 6.144 casos e 29 mortes, com uma taxa de mortalidade de 8,20, a mais baixa da Europa.
Nas suas declarações, as autoridades islandesas também anunciaram que vão reiniciar a vacinação contra a covid-19 com o fármaco anglo-sueco AstraZeneca, suspensa há duas semanas, e também dirigida a pessoas com mais de 70 anos.
A maioria dos países europeus retomou a vacinação com a AstraZeneca após a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter assegurado na semana passada não existirem evidências de relação direta com os casos de trombose detetados, apesar de não ter rejeitado totalmente essa eventualidade.
A Dinamarca, o primeiro país do mundo que suspendeu o seu uso, a Noruega e a Suécia ainda não informaram da sua decisão sobre a vacina, que poderá ocorrer ainda esta semana.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.735.411 mortos no mundo, resultantes de mais de 124,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.805 pessoas dos 818.787 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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