O novo ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, visitou na passada quinta-feira a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e foi recebido com cânticos de protesto dirigidos ao líder do governo, Jair Bolsonaro.
"Mais vacina e menos cloroquina", gritaram os estudantes de medicina, sublinhando que "300 mil é genocídio", em referência às mais de 300 mil vítimas mortais do novo coronavírus no país.
Os organizadores do protesto indicaram que pretenderam assinalar o trágico número de óbitos no Brasil em resultado da pandemia, fazendo, ao mesmo tempo, uma defesa da saúde pública, apelando à compra de vacinas.
O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em visita à Faculdade de Medicina da USP: pic.twitter.com/vh2y5v0LPF
— Bernardo Mello Franco (@BernardoMF) March 25, 2021
O governo brasileiro anunciou este sábado que três potenciais vacinas nacionais contra a Covid-19 avançaram "na fase de pré-testes" e, uma delas, entrou com um pedido de autorização no órgão regulador para testagem em voluntários. Neste momento, a maior parte do países está já em fase avançada da imunização das populações.
Recorde-se que o cardiologista Marcelo Queiroga está há cerca de duas semanas no cargo, tendo sido nomeado em substituição do general Eduardo Pazuello. A troca de responsáveis na pasta da Saúde aconteceu na fase mais crítica da pandemia, com os indicares de novos casos e óbitos a atingir novos máximos diários desde o início do mês.
Marcelo Queiroga é o quarto ministro da Saúde desde a chegada da Covid-19 a solo brasileiro, há pouco mais de um ano.
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