Boris Johnson recusa que haja razões para adiar desconfinamento

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou hoje que não viu "absolutamente nada" nos dados científicos que justifique rever o plano de desconfinamento para Inglaterra, quando alguns cientistas alertam para novas variantes do coronavírus.

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Lusa
27/03/2021 18:17 ‧ 27/03/2021 por Lusa

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Pandemia

 

"Como está, não vejo absolutamente nada nos dados que me possa dissuadir de continuar o caminho para a liberdade, saindo do confinamento da nossa economia e de volta à vida que amamos", afirmou hoje Boris Johnson, durante o lançamento virtual da campanha do Partido Conservador para as eleições locais, que decorrem em maio.

Um dos conselheiros científicos do Governo alertou hoje para a necessidade de se manter uma postura vigilante.

"No curto prazo, estamos preocupados com as novas variantes", disse Mike Tildesley à Times Radio.

Ciente dos "riscos", Boris Johnson frisou que o sucesso da campanha de vacinação - que já levou à administração da primeira dose da vacina a quase 30 milhões de adultos - constitui "uma diferença fundamental" em relação ao ano passado.

"Nos próximos dias, finalmente, poderei ir ao cabeleireiro", disse.

O Reino Unido vai começar lentamente a sair do seu terceiro confinamento nas próximas semanas, tendo sido o País de Gales o primeiro a levantar algumas restrições que tinha definido no início do ano para combater uma variante mais contagiosa do vírus que provoca a covid-19, que apareceu no final de 2020.

Na segunda-feira, será Inglaterra a 'relaxar' as medidas, permitindo ajuntamentos de grupos de até seis pessoas no exterior, estando prevista reabertura de 'pubs', restaurantes e lojas de produtos não essenciais em 12 de abril.

O Reino Unido registou na sexta-feira 70 mortes e 6.187 novos casos de covid-19, existindo sinais de que o número de infeções deixou de baixar, de acordo com dados divulgados pelo Governo britânico.

Entre 20 e 26 de março houve uma redução de 28,5% de mortes de covid-19 em relação aos sete dias anteriores, mas o número de pessoas com um resultado de teste positivo confirmado aumentou 6,4% no mesmo período.

Dados do instituto nacional de estatísticas britânico (Office for National Statistics) publicados a sexta-feira apontam para uma estabilização do número de infeções na maior parte do país, mas um aumento nos jovens em idade escolar, que regressaram às aulas há duas semanas.

A técnica superior de estatística do ONS Sarah Crofts disse que "ainda é muito cedo para dizer se esta é uma tendência maior". 

Na atualização semanal, as autoridades registaram também um novo aumento ligeiro do índice de transmissibilidade efetivo (Rt) para entre 0,7 e 0,9 (entre 0,6 e 0,9 na semana passada), no entanto continua abaixo de 1, pelo que a pandemia continua em regressão.  

No total, morreram no Reino Unido 126.515 pessoas entre 4.325.315 casos de contágio confirmados desde o início da pandemia covid-19.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: AO MINUTO: Facilitar é "morrer na praia". "Número ínfimo" recusa vacina

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