Brasil com 85 mil casos e mais de 3 mil mortes pelo 2.º dia consecutivo

País sul-americano volta a registar mais de 3 mil óbitos em apenas um dia, depois de ontem ter contabilizado o maior número diário de vítimas mortais desde o início da pandemia.

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© Buda Mendes/Getty Images

Anabela Sousa Dantas com Lusa
27/03/2021 23:06 ‧ 27/03/2021 por Anabela Sousa Dantas com Lusa

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Brasil

O Ministério da Saúde brasileiro notificou, este sábado, o registo de mais 3.438 vítimas mortais por causa do novo coronavírus, elevando o total de óbitos para 310.550. Este é o segundo dia consecutivo com mais de 3 mil mortes em resultado da doença Covid-19, depois de ontem se terem anunciado 3.650, o maior registo diário desde o início da pandemia no país, a 26 de fevereiro de 2020.

Foram reportados, também, mais 85.948 casos de infeção, uma subida em relação ao dia anterior (84.245). O número total de casos confirmados no país é agora de 12.490.362, segundo o site do Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com a tutela, a incidência é agora de 148 mortes e 5.944 casos por cada 100 mil habitantes, numa nação com uma população estimada em 212 milhões de habitantes.

Entre o total de casos positivos confirmados, mais de 10,8 milhões são considerados recuperados da doença, enquanto mais de 1,3 milhões permanecem sob acompanhamento médico, um número crescente que reflete o colapso da resposta hospitalar em quase todas as principais cidades do país.

Há pelo menos duas semanas que faltam camas nas unidades de cuidados intensivos dos centros médicos de resposta à pandemia, e em alguns casos até os materiais necessários para intubar pacientes com covid-19 em estado grave.

O Brasil atravessa a pior fase da pandemia, atingindo recordes de mortes e de novos casos nos últimos dias. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), maior centro de investigação científica brasileiro, alertou para o "rejuvenescimento da pandemia" no Brasil, informando que os casos de Covid-19 entre adultos de 30 e 39 anos dispararam 565% desde o início do ano.

Segundo o estudo divulgado na sexta-feira, "o país encontra-se numa situação de colapso do sistema de saúde, ao mesmo tempo que a pandemia vem ganhando novos contornos afetando faixas etárias mais jovens: 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos".

Numa tentativa de mitigar a propagação do vírus, as principais cidades brasileiras ordenaram a suspensão de todas as atividades consideradas não essenciais e grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro anunciaram um período de férias de dez dias, que começou esta sexta-feira e incluirá a Páscoa.

Leia Também: AO MINUTO: Facilitar é "morrer na praia". Meta é vacinar 100mil/dia

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