Macron admite novas medidas caso confinamento atual não resulte

O Presidente de França, Emmanuel Macron, alertou hoje para a possibilidade de serem aplicadas novas restrições para combater a pandemia caso a atual estratégia de confinamentos regionais não resulte.

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Lusa
28/03/2021 10:19 ‧ 28/03/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Numa entrevista publicada hoje no Le Journal du Dimanche, Macron referiu que ainda "nada está decidido", querendo ver se as restrições postas em prática nos últimos dez dias foram suficientes para travar o aumento de contágios pelo novo coronavírus, antes de aprovar um terceiro confinamento total.

"Nos próximos dias vamos ver a eficácia das medidas e, se necessário, tomaremos as que façam falta", afirmou.

A imprensa francesa tem referido que o Governo poderia aprovar um confinamento total durante a próxima semana, mas o Presidente francês evitou dar pistas nesse sentido.

Emmanuel Macron salientou que o encerramento das escolas, que até agora tem sido encarado como último recurso face às suas consequências sociais e económicas, "não deve ser um tabu".

Além disso, o governante defendeu a sua decisão de não aprovar um confinamento total em janeiro, como outros países europeus fizeram, já que essa decisão não impediu um aumento do número de casos nas últimas semanas: "Vejam a Alemanha e a Itália hoje".

A pandemia de covid-19 agravou-se nas últimas semanas em França, que durante vários dias registou acima dos 40 mil contágios diários.

A situação nos hospitais é especialmente grave em diversas regiões francesas, com o número de doentes em cuidados intensivos a um nível semelhante ao da segunda vaga em Paris, em novembro, ou à primeira no norte do país.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.768.431 mortos no mundo, resultantes de mais de 126 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: AO MINUTO: Vacinação de professores prossegue; Alojamentos "às moscas"

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