As trabalhadoras querem uma indemnização do seu empregador direto, Lujeri Tea Estates, e da empresa-mãe, a britânica PGI Group Ltd, afirmou hoje a sociedade de advogados Leigh Day, num comunicado.
Com processo no Tribunal de Londres, os advogados acusam diversos responsáveis hierárquicos das plantações de chá e de noz de macadâmia de pelo menos 10 atos de violação e outros casos de violência sexual.
Os factos incluem uma mãe de 39 anos que começou a ser assediada sexualmente por um supervisor, pouco depois do seu começo a apanhar nozes de macadâmia, em 2018, numa plantação no sul do Maláui, propriedade da Lujeri.
Quando a mulher recusou os avanços do supervisor, o seu salário foi suspenso, alega a Leigh Day.
"Após várias semanas de assédio, o supervisor violou a ofendida, que subsequentemente ficou grávida e deu à luz um bebé sem vida, em dezembro de 2019", refere o comunicado da sociedade de advogados.
A Leigh Day acusa a empresa britânica PGI Group e a sua subsidiária Lujeri Tea Estates de falharem na sua obrigação de proteger os seus trabalhadores.
Contactado pela agência de notícias francesa France-Presse, o PGI Group não respondeu e não foi possível contactar a Lujeri, no Maláui.
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