Funcionárias do Maláui acusam empresa britânica de violência sexual

A empresa britânica que detém uma firma que explora plantações de chá no Maláui, que fornece várias marcas inglesas, está a ser processada em Londres por violência sexual contra as suas trabalhadoras, foi hoje denunciado.

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Lusa
28/03/2021 13:26 ‧ 28/03/2021 por Lusa

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violência sexual

 

As trabalhadoras querem uma indemnização do seu empregador direto, Lujeri Tea Estates, e da empresa-mãe, a britânica PGI Group Ltd, afirmou hoje a sociedade de advogados Leigh Day, num comunicado.

Com processo no Tribunal de Londres, os advogados acusam diversos responsáveis hierárquicos das plantações de chá e de noz de macadâmia de pelo menos 10 atos de violação e outros casos de violência sexual.

Os factos incluem uma mãe de 39 anos que começou a ser assediada sexualmente por um supervisor, pouco depois do seu começo a apanhar nozes de macadâmia, em 2018, numa plantação no sul do Maláui, propriedade da Lujeri.

Quando a mulher recusou os avanços do supervisor, o seu salário foi suspenso, alega a Leigh Day.

"Após várias semanas de assédio, o supervisor violou a ofendida, que subsequentemente ficou grávida e deu à luz um bebé sem vida, em dezembro de 2019", refere o comunicado da sociedade de advogados.

A Leigh Day acusa a empresa britânica PGI Group e a sua subsidiária Lujeri Tea Estates de falharem na sua obrigação de proteger os seus trabalhadores.

Contactado pela agência de notícias francesa France-Presse, o PGI Group não respondeu e não foi possível contactar a Lujeri, no Maláui.

Leia Também: Quebrar o Silêncio promove sessões online sobre violência sexual

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