EUA acusam Rússia de liderar combate na Crimeia e corrupção no governo

O Departamento de Estado norte-americano acusou hoje a Rússia de liderar o combate na península da Crimeia e de "assassínios, tortura ou desaparecimentos forçados" cometidos por agentes do governo, num relatório sobre Práticas de Direitos Humanos em 2020.

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Lusa
30/03/2021 20:39 ‧ 30/03/2021 por Lusa

Mundo

Direitos Humanos

O documento começa por classificar o sistema do país como "autoritário, altamente centralizado e dominado pelo Presidente" (Vladimir Putin) e que ambas as câmaras da Assembleia (Duma estadual e Conselho da Federação) estão "ambas carentes de independência do executivo".

"As eleições estaduais para a Duma de 2016 e as eleições presidenciais de 2018 foram marcadas por acusações de interferência e manipulação do governo no processo eleitoral, incluindo a exclusão de candidatos da oposição", pode ler-se, incluindo que o referendo constitucional de 01 de julho de 2020 "não atendeu aos padrões eleitorais internacionalmente reconhecidos".

O relatório refere que a "ocupação e suposta anexação" da península da Crimeia da Ucrânia "continuaram a afetar a situação dos Direitos Humanos de forma significativa e negativa", indicando que "o governo russo continuou a armar, treinar, liderar e combater ao lado forças separatistas lideradas pela Rússia" no leste ucraniano.

Relativamente aos atentados às liberdades e direitos cívicos, a nota começa por listar "assassínios extrajudiciais e tentativas de assassínios extrajudiciais, incluindo a lésbicas, gays, bissexuais ou transgénero na Chechénia por autoridades governamentais locais".

De uma larga série de referências, destacam-se a "tortura generalizada praticada por agentes da lei", "presos políticos e religiosos", "represálias de motivação política contra indivíduos fora do país", "supressão severa da liberdade de expressão e dos meios de comunicação", "violência contra jornalistas", censura de conteúdos na Internet ou a "corrupção generalizada em todos os níveis e todos os ramos do governo".

"O governo não tomou as medidas adequadas para identificar, investigar, acusar ou punir a maioria dos funcionários que cometeram abusos, resultando num clima de impunidade", conclui o sumário executivo do relatório.

Leia Também: EUA. Mecanismos para punir abusos e corrupção inadequados na Turquia

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