No segundo dia do julgamento mais importante dos Estados Unidos, neste momento, o único acusado de homicídio continua sozinho no banco do réus. Com direito a um lugar destinado a um familiar por sessão, ainda ninguém apareceu para apoiar Derek Chauvin, antigo agente do Departamento da Polícia de Minneapolis.
Decorreu esta terça-feira o segundo dia do julgamento ao alegado homicídio de George Floyd, que morreu enquanto estava sob custódia policial, no dia 25 de maio do ano passado.
Derek Chauvin, o agente que é visto com um joelho nas costas de Floyd, nos vídeos que correram o mundo, estava acompanhado de três outros elementos das autoridades, mas foi o único acusado de dois crimes de homicídio (homicídio simples e homicídio agravado). Os outros três polícias envolvidos no caso - Alexander Kueng, Thomas Lane e Tou Thao - só serão julgados por "cumplicidade no homicídio" em agosto.
Durante as duas sessões já decorridas, nas quais foram ouvidas e interrogadas várias testemunhas, Chauvin tem ouvido atentamente os depoimentos, tirando notas várias vezes e parando para olhar para o júri e para as testemunhas.
Se não beneficiou, até ao momento, da presença de elementos da sua família, Chauvin beneficia, pelo menos, do total apoio do sindicato de polícia. O seu principal advogado, um veterano com 19 anos de serviço nas forças de autoridade, foi-lhe concedido pelo fundo de defesa legal da Associação de Polícias de Minneapolis.
Mesmo tendo sido afastado da força policial um dia depois de o chefe da polícia ter visto o vídeo da detenção de Floyd, em maio do ano passado (tinha registadas 18 queixas contra si e duas notas de reprimenda), o sindicato decidiu continuar a apoiá-lo, justificando que este era polícia na altura do alegado crime.
A associação vai pagar mais de 1 milhão de dólares a uma equipa de defesa composta por cerca de uma dúzia de advogados.
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