Esta república ex-soviética registou hoje 11.226 novos casos da doença covid-19 e 407 mortos, contra um precedente mais elevado de 362 falecimentos recenseados na semana passada, anunciou o Ministério da Saúde.
O número de hospitalizações diárias também atingiu um novo recorde (5.558), um desafio para o deteriorado sistema de saúde do país com 41,5 milhões de habitantes, e um dos mais pobres da Europa.
Perante a atual crise, a câmara municipal de Kiev anunciou hoje a paralisação quase total dos transportes públicos, que apenas vão ser utilizados por trabalhadores dos setores essenciais munidos de um livre-trânsito.
As restrições entram em vigor na segunda-feira, e vão permanecer "pelo menos" até 16 de abril.
As escolas para os mais jovens, incluindo creches, que funcionavam até ao momento, vão igualmente encerrar durante o mesmo período.
"Espero que os habitantes de Kiev compreendam por fim que não podemos negligenciar as regras e pretender que o vírus não existe", declarou o presidente da câmara, Vitali Klitschko. "Vamos tentar salvar-vos! Compreendam, por favor!", emitiu.
Desde o início da pandemia que a Ucrânia registou perto de 1,7 milhões de infeções e cerca de 32.000 mortos.
A vacinação iniciou-se em 24 de fevereiro, assinalada por atrasos nas entregas, problemas logísticos e ainda um generalizado sentimento anti-vacina, também reforçado pelos problemas surgidos em outras regiões da Europa com a AstraZenca, a única vacina disponível neste país.
A Ucrânia obteve 500.000 doses da AstraZeneca, produzidas na Índia e comercializadas sob a designação de Covishield.
Também importou 215.000 doses de CoronaVac, mas a entrega desta vacina chinesa não deverá ocorrer antes da próxima semana.
Até ao momento, cerca de 230.000 ucranianos terão recebido uma primeira dose.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.805.004 mortos no mundo, resultantes de mais de 128,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.848 pessoas dos 821.722 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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