Moçambique. Forças governamentais "tudo têm feito" para devolver sossego

A Comissão Política da Frelimo, partido no poder em Moçambique, assegurou hoje que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) "tudo têm feito" para garantir a segurança e o sossego na região norte, face aos ataques de grupos armados.

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Lusa
01/04/2021 10:22 ‧ 01/04/2021 por Lusa

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Moçambique

 

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"A Comissão Política saúda o trabalho das Forças de Defesa e Segurança, que tudo têm feito para garantir a segurança e sossego das populações", refere uma nota de imprensa daquele órgão da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), a que a Lusa teve acesso hoje.

O partido no poder assinala que os "ataques e a brutalidade" de grupos armados na província de Cabo Delgado estão a provocar "sofrimento e drama às populações".

"Os ataques terroristas têm vindo a causar mortes, deslocados no seio das populações e destruição de infraestruturas, atos que minam a tranquilidade e ordem públicas", observa-se no comunicado.

A Comissão Política da Frelimo é o órgão decisório mais alto do partido no poder em Moçambique no intervalo entre as sessões do Comité Central e dos congressos e reúne-se semanalmente sobre a liderança do presidente da organização, que é também o Presidente da República, Filipe Nyusi.

A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, é desde há cerca de três anos alvo de ataques terroristas e o último aconteceu no passado dia 24, em Palma, em que dezenas de civis foram mortos, segundo o Ministério da Defesa moçambicano.

A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados, segundo agências da ONU, e mais de duas mil mortes, segundo uma contabilidade feita pela Lusa.

O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou na segunda-feira o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.

Vários países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, cujas ações já foram reivindicadas pelo autoproclamado Estado Islâmico, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora haja relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona.

Leia Também: Moçambique: Deslocados enganam a fome com folhas de feijão e sal

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