"A ONU em Timor-Leste está profundamente triste com a perda de vidas e destruição de infraestruturas causadas pelo desastre natural", declarou o coordenador residente da organização, Hemansu Roy Trivedy, citado hoje pelo porta-voz do secretário-geral da ONU, numa conferência de imprensa em Nova Iorque.
Segundo o porta-voz de António Guterres, Stéphane Dujarric, "dados preliminares indicam que pelo menos 10 mil pessoas foram afetadas em oito municipalidades, com a capital, Díli, sendo a mais afetada" pelas chuvas torrenciais, dilúvios e inundações desde sábado.
"Já foram registados danos em casas, estradas e pontes; famílias ficaram sem abrigo e pessoas ficaram desaparecidas", declarou ainda o porta-voz.
Segundo os dados oficiais mais recentes de Timor-Leste, as cheias do fim de semana causaram pelo menos 27 mortos e mais de sete mil desalojados na capital, Díli.
A ONU está a cooperar com o Governo de Timor-Leste para auxílio, depois de o país ter sido atingido pelas "piores cheias e deslizamentos de terra dos últimos anos".
A assistência da ONU foi materializada com a entrega de suprimentos, como 'kits' sanitários, tapetes de plástico e mantas para os necessitados.
O Governo timorense declarou hoje que a Secretaria de Estado da Proteção Civil irá funcionar como centro operacional de recolha de apoio humanitário e o vice-primeiro-ministro e o ministro das Obras Públicas apelaram também ao contributo de entidades do setor privado que possuam máquinas para apoiar nas ações de limpeza.
Na Indonésia, segundo os dados da ONU, "pelo menos 75 pessoas morreram" e 70 pessoas estão desaparecidas, mas os dados diferem da última atualização oficial das autoridades locais, que indicam 86 mortes na sequência de cheias e deslizamentos de terra registados no leste da Indonésia.
Os governos locais, provinciais e nacional da Indonésia estão a dar respostas de emergência com distribuição de alimentos, mantas e testes de despistagem de covid-19.
"A Cruz Vermelha indonésia mobilizou pessoal para apoiar as evacuações e prestar serviços de primeiros socorros", indicou ainda a ONU.
O Escritório da ONU para Coordenação de Assistência Humanitária (OCHA) continua a monitorizar a situação e "até agora, não houve pedidos oficiais para assistência internacional", declarou Stéphane Dujarric.
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