A Organização Mundial da Saúde (OMS) não apoia, pelo menos para já, a proposta da Comissão Europeia de utilizar um passaporte de vacinação para que os cidadãos viagem de forma mais segura, em tempos de pandemia.
O anúncio foi feito, esta terça-feira, pela porta-voz da OMS, Margaret Harris, durante uma conferência de imprensa desta organização. A decisão, segundo a responsável, deve-se ao facto de ainda existirem dúvidas sobre a transmissão da Covid-19, após a vacinação, assim como o tempo que a inoculação dá imunidade.
Além disso, em causa está também a equidade, ou seja, segundo Margaret Harris, a criação do passaporte de vacinação para circular livremente pode gerar desigualdades entre países, o que deve ser evitável.
Perante isto, a porta-voz da OMS revelou que, até que se conheça totalmente o alcance das vacinas contra a Covid-19 e se confirme que realmente previnem a propagação do coronavírus, a organização não vai defender a utilização dos passaportes da vacinação.
Recorde-se que a Comissão Europeia apresentou, em março, o passaporte de vacinas. A presidente, Ursula von der Leyen, explicou na altura que o certificado serve, essencialmente, para "mostrar, dentro dos Estados-membros, que uma pessoa já foi vacinada, ou testou negativo recentemente, ou já recuperou da covid-19 e tem anticorpos".
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