O Ministério da Saúde espanhol abriu um inquérito para averiguar as causas da morte de um homem de 65 anos, do município de Tàrrega, na província de Lérida, apenas duas horas depois de ter sido vacinado com uma dose da AstraZeneca, pese embora os indícios não apontem para que exista uma relação direta com o imunizante.
Fontes da tutela confirmaram à agência Efe que o homem morreu na quarta-feira da semana passada. "É um caso que está sob investigação mas, por enquanto, com os dados recolhidos até ao momento não há relação de causa-efeito com a vacina", indicou a tutela, que assegurou ainda que o caso foi reportado aos serviços responsáveis pelo processo de farmacovigilância da Agência Espanhola de Medicamentos.
Nas redes sociais, a sobrinha do homem partilhou o caso e assegurou que o tio era um homem "saudável e atlético" e, pouco depois da vacina, morreu.
“Não acredito em coincidências, acredito, sim, em factos. Fico indignada porque nos dizem que são casos isolados, mas gostaria de convidar todos os membros da EMA e respetivas famílias a dar o exemplo e a levar a AstraZeneca para ver se nos dizem que são casos isolados", escreveu.
Recorde-se que a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) concluiu ontem que existe uma "possível relação" entre a vacina da contra a Covid-19 da farmacêutica AstraZeneca e a formação de "casos muito raros" de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco.
Depois desta tomação de posição do regulador europeu, o Ministério da Saúde espanhol e as comunidades autónomas concordaram em suspender temporariamente a utilização do imunizante de Oxford em pessoas com menos de 60 anos de idade.
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