O Brasil notificou esta quinta-feira mais 4.249 mortes associadas à Covid-19, um recorde diário absoluto desde o início da pandemia no país, a 26 de fevereiro do ano passado, e a segunda vez esta semana em que o número de óbitos fica acima da barreira dos 4 mil. O número aproxima-se, também, do pior registo diário de óbitos associados à Covid-19 do mundo (4.476 a 12 de janeiro nos Estados Unidos).
O Ministério da Saúde reportou, ainda, 86.652 novos casos de infeção, um número inferior ao dia anterior (92.625). O país totaliza 345.025 óbitos e mais de 13,2 milhões de casos de contágio acumulados.
A taxa de incidência da doença no país é agora de 164 mortes e 6.319 casos por 100 mil habitantes.
Este trágico novo recorde de óbitos segue-se a uma panóplia de novos máximos, tanto em número de mortes como de casos, numa altura em que o país atravessa a fase mais grave do combate à pandemia, com impacto devastador no sistema de Saúde - sete em cada dez hospitais de excelência do país enfrentam problemas com abastecimento de oxigénio e anestésicos para tratar pacientes com Covid-19.
#URGENTE Brasil registra segundo recorde de mortes nesta semana, com 4.249 óbitos por Covid-19 contabilizados nas últimas 24h
— Negrisoli (@lucasnegrisoli) April 8, 2021
É o pior dia da pandemia no país desde fevereiro de 2020
Ministério da Saúde informa que 86,6 mil pessoas foram contaminadas no período pic.twitter.com/MrFT5HFloi
São Paulo, foco da pandemia no país, chegou hoje às 80.742 vidas perdidas para a doença causada pelo novo coronavírus, após registar 1.229 óbitos nas últimas 24 horas.
Além de ser a unidade federativas com mais mortes no Brasil, é também a que concentra maior números de infeções, com 2.597.336 casos, mais do dobro de Minas Gerais, o segundo Estado com maior número de diagnósticos.
Com o sistema funerário pressionado pelo agravamento da pandemia, a prefeitura de São Paulo deu início a uma operação para abrir 600 valas por dia na capital paulista, estudando ainda a possibilidade de construção de um cemitério vertical.
"Todos os estudos apontam para uma maior procura de sepultamentos no país nos meses de abril e maio. Com base nisso, estamos ampliando a abertura de valas diárias para estarmos preparados, caso ocorra esse aumento", disse o secretário de Subprefeituras, Alexandre Modonezi, ao jornal Estadão.
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