"Temos agora asseguradas as vacinas necessárias e podemos avançar com confiança com a nossa campanha de lançamento em massa", disse o ministro da Saúde, Zweli Mkhize, citado pela agência Associated Press.
Mkhize anunciou que durante esta semana, a África do Sul finalizou a compra de 51 milhões de doses: 31 milhões da unidose da Johnson & Johnson e 20 milhões da vacina da Pfizer, administrada em duas doses.
A campanha de vacinação na África do Sul tem avançado de forma lenta, pretendendo o executivo sul-africano acelerá-la com a entrega, este mês, de três milhões de doses da vacina da Johnson & Johnson e seis milhões de doses da Pfizer.
As entregas seguintes deverão assegurar ao Governo a capacidade para vacinar dois terços da população de 60 milhões de pessoas até ao início de 2022.
A atuação do Governo sul-africano tem sido alvo de críticas pelos profissionais de saúde e pela população do país, que censuram a demora da aquisição das vacinas.
A África do Sul é o país africano mais afetado pela pandemia de covid-19, registando mais de 1,5 milhões de casos confirmados, incluindo 53.173 mortes, totalizando mais de 30% das 4,3 milhões de infeções oficiais no continente. Da mesma forma, é também responsável por quase metade das mortes no continente.
Os especialistas em saúde alertam que o país poderá enfrentar um ressurgimento de infeções depois dos feriados da Páscoa, que se conjuga com a aproximação do tempo frio no hemisfério sul.
A primeira fase do plano de vacinação comporta a administração de doses a 1,2 milhões de profissionais de saúde, sendo que, até à data, pouco mais de 283 mil trabalhadores foram vacinados desde meados de fevereiro, quando o Governo autorizou a inoculação com a vacina da Johnson & Johnson.
Esta campanha acabou por ser condicionada pela chegada das vacinas em pequenos lotes, que limitavam a vacinação a pouco mais de 6.000 doses por dia.
Com estas novas vacinas, o executivo espera ultrapassar as 300.000 doses por dia, com a administração em hospitais, clínicas, consultórios médicos, farmácias, centros comerciais e locais de trabalho, segundo Mkhize.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.903.907 mortos no mundo, resultantes de mais de 133,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um coronavírus (SARS-CoV-2) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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