O ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, anunciou esta segunda-feira a extensão do prazo da inoculação da segunda dose das vacinas da Pfizer e da Moderna dos atuais 21 dias para 42 dias. O governante revelou ainda que as vacinas da AstraZeneca que forem rejeitadas pelos italianos estarão disponíveis para quem tiver mais de 60 anos e as aceitar sem reservas.
Numa entrevista publicada hoje no italiano La Repubblica, o ministro indicou que a Agência Italiana de Medicamentos (AIFA) dá a possibilidade de a segunda dose ser administrada passados 42 dias, o que irá permitir "recuperar duas ou três semanas, o que pode ser útil nesta fase. É um passo em frente".
A prioridade de vacinação, nesta altura, vai para as pessoas com mais com de 80 anos. Depois serão inoculadas as pessoas que têm entre 70 e 79 anos e, em algumas semanas, os maiores de 60 anos poderão deslocar-se aos centros de vacinação para receberem as vacinas das AstraZeneca que não tenham sido distribuídas.
Roberto Speranza deixou a garantia que todas as pessoas com mais de 80 anos já terão sido vacinadas até ao final de abril e que no final de junho será possível garantir que todos os maiores de 60 anos já terão recebido também a vacina contra a Covid-19.
O governante deixou ainda um apelo a que seja mantida cautela durante o mês de abril para controlar a pandemia de Covid-19, pese embora a vacinação permita "olhar para o futuro com confiança".
Em maio “pode haver condições para aplicar medidas menos restritivas, semelhantes às das zonas amarelas” ou de baixo risco, mas “é preciso ser muito cauteloso e prudente” e fazê-lo “aos poucos”, disse.
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