Numa declaração sobre os eventos relativos à formação de coágulos sanguíneos potencialmente associados à toma da fórmula da vacina de dose única da Janssen, farmacêutica do grupo Johnson & Johnson, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC) referiu que as vacinas "continuam a ser a única ferramenta para prevenir casos graves e mortes por covid-19".
"Como tal, o acesso rápido a vacinas seguras e eficazes é fundamental para a estratégia de vacinação pela União Africana para alcançar o controlo da pandemia", acrescentou o comunicado.
"O África CDC vai continuar a monitorizar os relatos de efeitos adversos depois da imunização de todas as vacinas contra a covid-19, incluindo a da Johnson & Johnson, e vai fornecer aconselhamento aos Estados-membros", concluiu a nota.
De acordo com este organismo da União Africana, a África do Sul é o único dos 55 Estados-membros a administrar atualmente a vacina da Janssen contra a covid-19.
A fórmula foi registada pela autoridade sul-africana reguladora dos produtos farmacêuticos em 06 de abril e, até agora, 290.000 doses foram administradas.
Na terça-feira, o ministro da Saúde da África do Sul anunciou que, apesar de o país não ter registado qualquer caso de formação de coágulos sanguíneos ou de tromboses, iria suspender a administração da vacina como medida de precaução.
A tomada de posição da União Africana surge também um dia depois do anúncio da suspensão na administração da vacina da Janssen nos Estados Unidos da América, após relatos de coágulos sanguíneos potencialmente associados à toma do fármaco.
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) salientou também hoje que os benefícios relacionados com a vacina contra a covid-19 da Janssen superam os riscos.
"Enquanto a sua revisão está em curso, a EMA continua a considerar que os benefícios da vacina na prevenção da covid-19 superam os riscos de efeitos secundários", declarou o regulador europeu em comunicado.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.961.387 mortos no mundo, resultantes de mais de 137,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
De acordo com os dados mais recentes do África CDC, o continente ultrapassou regista hoje mais de 4,36 milhões de casos de covid-19 desde o início da pandemia, incluindo 116.265 mortos.
A doença é transmitida por um coronavírus (SARS-CoV-2) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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