O Presidente dos Estados Unidos propôs na semana passada ao seu homólogo, no decurso de um contacto telefónico, um encontro este verão num país estrangeiro para uma cimeira destinada a estabilizar as relações entre as duas potências rivais, em período de forte tensão.
A Finlândia e a Áustria já manifestaram disponibilidade para acolher a reunião.
Moscovo manifestou interesse pela sugestão, no entanto comprometida pela sanções e contra-sanções desencadeadas pelos dois países, também na passada semana.
O conselheiro de Joe Biden para a segurança nacional, Jake Sullivan, contactou hoje por telefone o secretário-geral do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patruchev.
Para além de "diversos assuntos relacionadas com as relações bilaterais e questões regionais e mundiais", cujos detalhes não foram revelados, a Casa Branca disse em comunicado que os dois responsáveis "abordaram a perspetiva de uma cimeira presidencial entre os Estados Unidos e a Rússia", e "decidiram continuar em contacto" sobre este tema.
Por seu turno, o Conselho de Segurança russo indicou que foram discutidos os "preparativos da reunião", para além da "importância da rápida execução de um mecanismo bilateral de estabilidade estratégica", os desenvolvimentos em torno do programa nuclear iraniano e o "problema nuclear na península coreana".
"A parte russa sublinhou a inadmissibilidade da ingerência dos Estados Unidos nos assuntos internos da Rússia e seus aliados", acrescenta o comunicado de Moscovo.
O Kremlin também anunciou hoje que Vladimir Putin participará na quinta-feira por videoconferência na cimeira mundial virtual sobre o clima organizada por Joe Biden.
A resposta positiva dos russos surge em plena escalada de tensões entre Moscovo e o ocidente, que se defrontam em diversas questões internacionais, em particular a Ucrânia e a situação do opositor russo Alexei Navalny.
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