Taiwan vende vacinas AstraZeneca a 17 euros para evitar que expirem
Com lotes da vacina AstraZeneca contra a covid-19 em risco de expirarem, devido a resistência à sua toma entre grupos prioritários, Taiwan começou segunda-feira a administrá-las a qualquer pessoa, por 17 euros.
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Mundo Covid-19
Horas depois de o sistema começar a admitir reservas para administração da vacina, quatro dos cinco hospitais onde estão disponíveis já não tinham vagas para as próximas duas semanas, segundo a agência CNA.
Desde 22 de março, a agência de controlo de epidemias (CECC) disponibiliza a vacina a grupos prioritários - pessoal médico, profissionais de prevenção de epidemias e pessoas com maior risco de exposição a covid-19 devido a seus empregos - mas o ritmo de vacinação não é suficiente para que os lotes de AstraZeneca sejam administrados antes que a sua validade expire.
Suspensa nalguns países devido a casos de coágulos sanguíneos, a vacina AstraZeneca é a única recebida até agora por Taiwan, que aguarda a chegada de lotes de Pfizer nas próximas semanas.
De acordo com os dados mais recentes do CECC, um total de 32.450 pessoas receberam vacina contra a covid-19 em Taiwan, cerca de 5 por cento das 618.000 incluídas em grupos prioritários.
A vacina está agora disponível para pessoas que pretendem viajar para o estrangeiro para negócios, estudos ou fins médicos, que têm de pagar 600 dólares taiwaneses (cerca de 17 euros), três a sete vezes mais do que pagam indivíduos prioritários.
A validade de cerca de 117 mil doses de vacina compradas diretamente à AstraZeneca expira a 15 de junho e a de outras 199.200, fornecidas através da COVAX, expira a 31 de maio.
Em conferência de imprensa na segunda-feira, o porta-voz do CECC, Chuang Jen-hsiang, disse que 10.000 doses da vacina AstraZeneca foram disponibilizadas agora a grupos não-prioritários, mas que mais doses poderão ser oferecidas para este grupo se a procura permanecer alta.
A Dinamarca tornou-se, na semana passada, no primeiro país europeu a anunciar o abandono definitivo da vacina da AstraZeneca, justificando a decisão com os efeitos secundários "raros, mas graves" de coágulos sanguíneos.
O regulador europeu e a Organização Mundial de Saúde mantêm a autorização para continuar a administrar o fármaco.
A campanha de vacinação da UE tem sido marcada por atrasos na entrega de vacinas por parte da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e pelos efeitos secundários do seu fármaco.
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