"As eleições, além de privarem quase sete milhões de sírios da diáspora do seu direito de voto, estarão longe de ser livres e justas e a comunidade internacional não pode considerá-las legítimas", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco num comunicado, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
O ministério adiantou que o escrutínio é ainda "incompatível com os critérios do roteiro expresso na resolução 2254 do Conselho de Segurança das Nações Unidas".
As tropas turcas controlam uma faixa de território no noroeste da Síria, em colaboração com milícias, na maioria islâmicas, que se revoltaram contra o regime de Bashar al-Assad em 2011.
Damasco considera estas milícias "terroristas", colocando-as na mesma categoria dos grupos Estado Islâmico e Tahrir al-Sham (ramo da Al-Qaida na Síria), que a resolução das Nações Unidas pede para serem combatidos, excetuando-os do cessar-fogo necessário para as eleições.
Até agora apresentaram-se seis candidatos à presidência da Síria, incluindo o atual chefe de Estado, Bashar al-Assad.
A oposição no exterior, que não pode apresentar-se às eleições de acordo com a atual Constituição, tem apelado ao boicote do escrutínio, que não contará com a presença de observadores internacionais.
Leia Também: Síria recebe mais de 200.000 doses da vacina da AstraZeneca