"No último ano, os países do Corno de África, além de terem sido afetados por conflitos e deslocações, também enfrentaram a chamada 'tripla ameaça' da praga de gafanhotos do deserto, do impacto das alterações climáticas e da pandemia de covid-19", frisou, em comunicado, o comissário para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic.
Segundo o responsável, face a "milhões de pessoas que precisam de assistência urgente" na região, os fundos hoje anunciados pela UE servirão para assegurar que "apoio de emergência vital, como comida, nutrição, saúde e proteção, chega àqueles que mais precisam".
Dos 149 milhões de euros anunciados, 52 milhões serão alocados ao Sudão, 42,5 milhões à Somália, 32 milhões ao Uganda, 14 milhões ao Quénia, e 500 mil ao Djibuti.
A estes valores, acrescem ainda 8 milhões de euros que serão mobilizados para financiar os "esforços contra as pragas de gafanhotos do deserto" que, caso não sejam controladas, podem destruir plantações e pastos e ameaçar a existência e a segurança alimentar de 3,3 milhões de pessoas no Quénia, Etiópia, Somália e Sudão, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês).
A Comissão Europeia informa ainda que, do conjunto das verbas, cerca de 30 milhões de euros serão utilizados para ajudar "projetos que fornecem educação a crianças que se encontram em situação de crise humanitária".
Estes valores vêm acrescentar-se às verbas que já tinham sido anunciadas para a Etiópia e para o Sudão do Sul, a que UE disponibilizou 57,3 milhões de euros e 43,5 milhões de euros respetivamente.
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