Foram mobilizados 24 navios indonésios e um avião patrulha que varrem a área onde foi encontrada uma mancha de petróleo, após o desaparecimento do submarino durante um exercício.
O porta-voz das forças armadas indonésias, Achmad Riad, anunciou que os esforços seriam maximizados até às 03:00 de sábado, altura em que está previsto o oxigénio no navio esgotar-se.
Já se encontram no local helicópteros, dois submarinos e centenas de pessoal militar, com o auxílio de Marinhas de vários países do mundo.
Ainda está previsto um segundo navio australiano juntar-se à frota em breve, para que seja possível "expandir a área de busca e prolongar a duração dos esforços ", explica o contra-almirante Mark Hammond da Marinha australiana.
Os Estados Unidos também se juntaram à equipa de buscas, com tropas a serem aerotransportados, e há reforços vindos da Índia e da Malásia, bem como um navio de salvamento submarino de Singapura.
O KRI Nanggala 402 desapareceu na quarta-feira e a preocupação aumenta, uma vez que pode ter-se afundado a uma profundidade demasiada para se alcançar ou recuperar a tempo.
O Presidente da Indonésia, Joko Widodo, cancelou uma visita ao porto de Banyuwangi, de onde alguns navios de salvamento partiram, por ter que se preparar para a cimeira regional da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês) em Jacarta, de acordo com as autoridades, mas pronunciou-se sobre o assunto.
"A nossa principal prioridade é a segurança dos 53 membros da tripulação", disse Widodo num discurso televisivo, na quinta-feira.
"Para a família dos membros da tripulação, posso compreender os vossos sentimentos e estamos a fazer o nosso melhor para salvar todos os membros da tripulação a bordo", completou.
O Chefe do Estado-Maior da Marinha, Yudo Margono, disse que o petróleo encontrado poderia ter sido derramado através de uma fenda no tanque de combustível do submarino ou que a tripulação poderia ter libertado combustível para reduzir o peso do navio, para que este pudesse chegar à superfície, apesar de não existirem provas conclusivas de que a mancha de petróleo seja do submarino.
Jean-Louis Vichot, ex-vice-almirante, acredita, no entanto, que se a mancha de petróleo estivesse ligada ao desaparecimento, seria um mau sinal e poderia significar "o fim do submarino".
A causa do desaparecimento ainda é incerta, ainda que a Marinha teorize que o submarino tenha sofrido uma falha elétrica que o impossibilitaria de executar procedimentos de emergência para voltar a emergir.
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