Cerca de 20 veículos de combate do EI na África Ocidental (Iswap) atacaram o comboio militar por volta do meio-dia (11:00 em Lisboa) de domingo, na cidade de Mainok, localizada nos arredores de Maiduguri, capital do estado de Borno, o epicentro da insurreição 'jihadista' no nordeste.
"Na emboscada dos terroristas, perdemos 31 soldados, incluindo o seu comandante que era tenente-coronel", disse um oficial militar, sob a condição de anonimato.
O comboio estava a transportar armas para Maiduguri quando foi atacado, disse uma segunda fonte militar, que fez um balanço semelhante.
"Os terroristas chegaram em vários camiões, incluindo quatro veículos blindados, e atacaram o comboio", disse o segundo oficial.
Os 'jihadistas' lançaram roquetes contra o comboio e carregaram contra os soldados, resultando em "perdas colossais" de militares, disse, acrescentando: "Perdemos muitos homens de uma forma horrível".
No ataque, os 'jihadistas' também roubaram armas e dois veículos blindados, antes de invadirem uma base militar fora de Mainok, a qual queimaram parcialmente, bem como alguns veículos militares, disseram as duas fontes.
Mainok tem sido alvo de vários ataques dos 'jihadistas', que chegaram a invadir a sua base militar.
O Iswap instala frequentemente postos de controlo falsos ao longo da estrada, entre Maiduguri e Damaturu, no vizinho Estado Jobe, no qual Mainok se encontra, matando e raptando viajantes.
Desde que a rebelião do grupo islâmico radical Boko Haram começou, em 2009, no nordeste da Nigéria, o conflito já causou quase 36.000 mortos e dois milhões de deslocados.
Em 2016, o grupo separou-se, com a fação histórica de um lado e o Iswap, reconhecido pela organização EI, do outro.
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