Áustria proíbe voos vindos da Índia e impõe quarentena a quem lá esteve

As autoridades austríacas vão proibir a partir de quinta-feira voos diretos procedentes da Índia e voos de ligação, e impor uma quarentena obrigatória a quem entre na Áustria e tenha estado naquele país asiático nos dez dias anteriores.

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Lusa
28/04/2021 13:19 ‧ 28/04/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

O objetivo das medidas é evitar a importação e disseminação da variante do SARS-CoV-2 descoberta na Índia, que está a causar grandes problemas de saúde pública no subcontinente asiático, declarou o ministro da Saúde austríaco, Wolfgang Mückstein, em declarações à agência de notícias local APA.

Uma vez que atualmente não há voos regulares entre a Áustria e a Índia, a proibição de desembarque afeta voos privados e charters, bem como possíveis conexões que poderiam contornar as restrições em outros países da União Europeia (UE), acrescentou.

Qualquer pessoa que entrar na Áustria depois de ter estado na Índia terá de cumprir dez dias de quarentena.

Austríacos e residentes no país europeu terão a possibilidade de encurtar o isolamento a partir do quinto dia com um teste de PCR negativo.

Os restantes viajantes também devem ter um teste de PCR negativo antes de iniciar a viagem.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje que a variante B.1.617 do SARS-CoV-2 pode estar por trás do agravamento da situação epidemiológica na Índia, com mais de 300.000 infeções diárias, já que estudos laboratoriais mostram sinais de ser mais contagiosa e resistente a algumas vacinas e tratamentos.

A variante inclui mutações "associadas ao aumento da transmissão" e à diminuição da capacidade de neutralizar o vírus, observou a OMS num relatório.

Por outro lado, o ministro austríaco adiantou que a atual proibição, que expira no próximo domingo, de aterragem de aviões procedentes da África do Sul e do Brasil deve ser prorrogada para além dessa data.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.137.725 mortos no mundo, resultantes de mais de 148,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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