O Secretário de Estado Marco Rubio anunciou a decisão de retirar Antal Rogan, da lista de sanções numa chamada para o seu homólogo húngaro Peter Szijjarto, "observando que a manutenção desta designação é inconsistente com os interesses da política externa dos EUA".
No início de janeiro, a anterior administração de Joe Biden impôs sanções económicas ao chefe de gabinete do primeiro-ministro húngaro "pelo seu envolvimento em casos de corrupção".
Antal Rogan, que controla os serviços de informações e de comunicações, foi acusado de "orquestrar esquemas de corrupção para controlar setores estratégicos da economia húngara e desviar receitas para si próprio e para os seus leais partidários políticos", segundo o Departamento do Tesouro na altura.
O levantamento das sanções é "um sinal claro de que os ventos mudaram em Washington", reagiu Szijjarto, citado pelo porta-voz do Governo, Zoltan Kovacs, na rede social X.
Na sua opinião, a decisão inicial foi o resultado de "pura vingança política por parte de um embaixador americano frustrado" e o Presidente dos EUA, Donald Trump, está a "corrigir esta injustiça".
O diplomata David Pressman, que estava colocado na Hungria entre 2022 e o início de 2025, denunciou regularmente a "corrupção sistémica" e os atentados à liberdade de expressão e aos direitos humanos, nomeadamente no que diz respeito às pessoas LGBT+.
O país da Europa Central, com 9,6 milhões de habitantes, está classificado em último lugar entre os 27 Estados-Membros da UE pela organização não-governamental Transparência Internacional, no meio de suspeitas de desvio de fundos que levaram ao congelamento de milhares de milhões de euros de fundos europeus.
Desde o regresso de Viktor Orbán ao poder, em 2010, o dirigente nacionalista tem vindo a reduzir gradualmente todos os controlos e equilíbrios, desde os meios de comunicação social ao sistema judicial.
O primeiro-ministro húngaro é um dos poucos dirigentes europeus próximos de Donald Trump.
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