Um deputado e o presidente da Câmara de uma cidade desta região acusaram o governador Volodymyr Artyukh de autorizar uma cerimónia de condecoração militar em Sumy no domingo, referindo que tal ato serviu de pretexto para a Rússia atacar a cidade.
O Governo ucraniano anunciou ter aprovado um decreto presidencial sobre a demissão do governador, mas a decisão formal sobre a demissão ainda não foi publicada e não há uma explicação oficial.
Um responsável ucraniano disse à agência de notícias France Press (AFP) que o desempenho do governador foi considerado insatisfatório a partir de um certo momento, descrevendo Artyukh como um "mau gestor" no cargo que ocupou durante dois anos.
O ataque a Sumy, um dos mais mortíferos nos três anos de invasão da Ucrânia pela Rússia, foi "a trágica gota de água" que levou à demissão, declarou a autoridade ucraniana, que pediu para não ser identificado.
Na segunda-feira, os militares russos disseram, em comunicado, que lançaram dois mísseis balísticos Iskander sobre o "local de uma reunião militar" em Sumy.
Embora o ataque, que matou muitos civis, tenha provocado indignação global, os russos acusaram a Ucrânia por organizar tais eventos "no centro de uma cidade densamente povoada".
A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014, altura em que anexou ao território a península ucraniana da Crimeia. Posteriormente, em 24 de fevereiro de 2022, lançou uma ofensiva militar em grande escala contra a Ucrânia.
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