Citado pelo jornal United Daily News, o ministro da Economia de Taiwan, Kuo Jyh-huei, afirmou que, dado o elevado grau de "complementaridade" entre as empresas de Taiwan e dos Estados Unidos, o governo vai continuar a negociar com Washington para conseguir uma "concorrência justa" em matéria de taxas alfandegárias.
"Relativamente ao aumento das tarifas, é claro que haverá algumas simulações. Faremos o nosso melhor para comunicar com os EUA e lutar por tarifas justas e equitativas", disse o ministro, acrescentando que a percentagem exata dessas taxas será "um resultado das negociações".
Estas declarações surgem depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter afirmado que as tarifas sobre os semicondutores serão aplicadas "num futuro próximo" e que anunciará as taxas esta semana, no âmbito da sua guerra comercial.
"As tarifas entrarão em vigor num futuro próximo. Porque, como sabem, tal como fizemos com [as tarifas] sobre o aço, os automóveis e o alumínio, que já estão em pleno vigor, vamos fazer o mesmo com os semicondutores e muitos outros produtos", disse o líder republicano.
As principais empresas de tecnologia dos EUA, incluindo a Apple, a Nvidia e a AMD, dependem fortemente de 'chips' fabricados em Taiwan para as suas aplicações e dispositivos de inteligência artificial (IA).
O maior fabricante mundial de 'chips' avançados é a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), que no mês passado anunciou um investimento de 100 mil milhões de dólares (88 mil milhões de euros) nos Estados Unidos, em parte, para melhorar as relações com a Administração Trump e evitar a imposição de tarifas.
Esta enorme procura de 'chips' impulsionou as exportações de Taiwan para os EUA para mais de 110 mil milhões de dólares (97 mil milhões de euros), no ano passado, tornando a ilha no parceiro comercial com o sexto maior excedente nas trocas com os Estados Unidos.
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