O anúncio foi feito pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fidelis Magalhães, em conferência de imprensa depois da conclusão de uma reunião do Governo que analisou várias recomendações e opções de medidas propostas pelo Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC).
"A regra geral é ficar em casa. Só se sai de casa para acesso a necessidades básicas. Se as medidas de confinamento forem cumpridas, em 14 dias podemos controlar e reduzir os casos de infeção" do coronavírus que provoca a covid-19, frisou.
"Temos que contribuir todos para conseguir controlar a transmissão da doença", disse.
Entre as medidas a aplicar, o Governo determinou ainda limitar o acesso aos mercados municipais a populações das zonas onde estão inseridos, permitindo que lojas de alimentos e de material de construção civil possam estar abertas, mas com medidas preventivas.
No caso dos restaurantes volta a só ser permitido o 'take-away' e a entrega, e os transportes públicos ficam suspensos.
"Temos que fazer o máximo esforço para evitar um agravamento da situação, a morte de mais pessoas e o colapso do nosso sistema de saúde", disse o governante.
Na reunião de hoje o executivo deliberou manter cercas sanitárias nos municípios de Díli, Baucau e Viqueque, Ainaro, Covalima e Ermera e impor novas cercas nos municípios de Liquiçá, Lautem e Manufahi até 16 de maio.
"Movimentos entre esses municípios continua a ser restringido e a necessitar de aprovação do CIGC", afirmou.
O Governo decidiu ainda que quem apresenta certificado completo de vacinação contra a covid-19 (de duas doses no caso de alguns das vacinas), deixará de ter que completar quarentena à chegada a Díli.
"Cidadão nacional ou estrangeiro que apresente certificado de vacinação completa, não precisa de quarentena à chegada a Díli. Mas precisa de apresentar teste negativo, antes de sair ou entrar", afirmou.
"Continua a ser necessário o teste negativo para poder viajar para outros municípios. Mas a partir do momento em que haja cidadãos com a vacinação completa, isso garante imunidade e pode viajar para os municípios", afirmou.
Fidelis Magalhães disse que é "importante que os cidadãos timorenses tomem a vacina porque é possível que outros países possam começar a exigir essa vacinação para que possam viajar".
Timor-Leste esteve praticamente desde março de 2020 em estado de emergência, que vai agora ser ampliado durante mais 30 dias até 01 de junho, numa altura em que o país vive o seu pior momento da pandemia, com transmissão comunitária em Díli e focos de infeção no resto do país.
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