"Infelizmente, nenhum acordo foi alcançado", disse a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), num comunicado.
O porta-voz da delegação ucraniana Oleksii Arestovytch, citado pela agência Interfax-Ucrânia, sublinhou que as discussões foram "construtivas" e que "as consultas vão continuar".
A Rússia -- que é acusada de estar a apoiar o movimento separatista - culpou a Ucrânia por ter "bloqueado as propostas russas de mecanismos para evitar violações da trégua".
Desde o início do ano, aumentaram os confrontos entre as forças ucranianas e os separatistas pró-russos, após uma trégua que foi respeitada no segundo semestre de 2020.
Neste conflito, 30 soldados ucranianos foram mortos desde 01 de janeiro deste ano, contra 50 durante todo o ano de 2020, e os separatistas admitiram 20 baixas, desde o início do ano.
No total, já morreram 13.000 pessoas, desde o início da guerra, em 2014, quando a Rússia invadiu a Crimeia.
As tensões entre a Ucrânia e a Rússia aumentaram nas últimas semanas, particularmente depois de Moscovo ter reforçado com 10.000 soldados o seu contingente de soldados na zona de fronteira, alegando a realização de exercícios militares.
Na passada semana, o Kremlin anunciou a retirada dessas tropas nas áreas de fronteira, mas a tensão na linha de frente não diminuiu de acordo, com a Ucrânia e a OSCE.
"Não vejo que essa retirada tenha melhorado a situação. Apenas reduziu o risco de uma expansão da guerra", disse uma fonte da presidência ucraniana.
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