O professor Nadir Arber, que dirige a investigação num hospital de Telavive, reuniu-se hoje com o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, depois de ter visitado os dois hospitais da região de Ática, onde, nos próximos dias, terá início o fornecimento deste medicamento a voluntários.
A Grécia é um dos poucos países que aderiram a este ensaio clínico, que usou o medicamento em 30 doentes entre os 37 e os 77 anos de idade com sintomas moderados ou graves de covid-19.
Esses doentes inalaram diariamente a substância, durante cinco minutos, e em cinco dias, 29 apresentaram melhoras claras.
O estado do último paciente melhorou após uma semana de tratamento.
O objetivo do tratamento é regular a reação do sistema imunológico dos doentes, uma vez que o contágio provoca uma reação exagerada do sistema imunológico em cerca de 5% dos infetados, e evitar danos nos pulmões que podem ser fatais.
Mitsotakis foi informado dos resultados positivos dos testes feitos na primeira fase durante a sua viagem a Israel, em fevereiro passado, e pediu a Sotiris Tsiodras, o especialista em doenças infecciosas que chefia a comissão de especialistas gregos contra a covid-19, para entrar em contacto com Nadir Arber.
Desde o início da pandemia, a Grécia, cuja população soma quase 11 milhões de habitantes, registou 337.723 infeções e 10.242 mortes.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.152.646 mortos no mundo, resultantes de mais de 149,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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