Quirguistão e Tajiquistão. Número de mortos em confrontos sobe para 31

O número de mortes nos confrontos fronteiriços entre o Quirguistão e o Tajiquistão, considerados os mais graves incidentes recentes entre os dois países da Ásia Central, aumentou para 31, anunciou hoje primeira vice-ministra quirguiz da Saúde.

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© Sultan Dosaliev/Kyrgyz Presidential Press Service/Handout via REUTERS

Lusa
30/04/2021 14:44 ‧ 30/04/2021 por Lusa

Mundo

Quirguistão

 

Durante a madrugada, o balanço apontava para 13 mortos nos combates no enclave tajique de Vorukh fronteiriços, onde incidentes são comuns devido a lutas pela gestão da água entre as duas ex-repúblicas soviéticas.

Segundo a primeira vice-ministra da Saúde, Aliza Soltonbekova, há ainda registo de 119 feridos.

Na quinta-feira, Bichkek anunciou a entrada em vigor de uma trégua com o Tajiquistão, após confrontos fronteiriços entre os dois vizinhos, tendo as autoridades dado conta de 11.500 pessoas retiradas da zona de conflito.

Ambas as partes rejeitaram a responsabilidade pelos confrontos.

O Conselho de Segurança do Quirguistão afirmou que o Tajiquistão "provocou deliberadamente um conflito" neste local da fronteira.

"Os tiros foram disparados entre as unidades militares [dos dois países]. Segundo informações preliminares, a parte tajique instalou posições para efetuar disparos de morteiros", prosseguiu a mesma fonte.

Por seu lado, o Conselho de Segurança do Tajiquistão indicou que o exército quirguiz abriu fogo sobre tropas tajiques "situadas no local de distribuição de água de Golovnaia, no curso superior do rio Isfara".

Vastas zonas de fronteira entre os dois países ficaram por delimitar, depois do fim da antiga União Soviética, em 1991, com as tensões étnicas a acentuar-se devido às rivalidades no acesso a terra e a água.

Em 2019, registaram-se incidentes mortíferos entre o Tajiquistão e o Quirguistão e, em setembro desse ano, três guardas fronteiriços tajiques e um quirguiz foram mortos num tiroteio que também causou uma dezena de feridos, incluindo civis.

O autoritário dirigente tajique Emomali Rakhmon encontrou-se em julho de 2019 com o então Presidente quirguiz, Sooronbai Jeenbekov, para um aperto de mão simbólico na cidade fronteiriça de Isfara, no Tajiquistão.

No entanto, as conversações sobre "delimitação das fronteiras" e a "prevenção e resolução de conflitos fronteiriços" foram inconclusivas.

Leia Também: Quirguistão eleva para 13 total de mortos em confrontos com Tajiquistão

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