A farmacêutica Moderna está a realizar ensaios clínicos com duas novas versões da sua vacina contra o novo coronavírus, sendo que uma contém a variante sul-africana do vírus e a outra uma combinação do vírus mutado com o original. A informação foi revelada por Andrea Carfi, responsável pela investigação da empresa norte-americana, em entrevista ao italiano Corriere della Sera.
Carfi explicou ainda que a farmacêutica está a trabalhar em "vacinas polivalentes" em que uma única injeção combata a Covid-19, as suas variantes mais contagiosas e a gripe. "O objetivo é encontrar fórmulas multivalentes, como o antigripal. Uma dose contra quatro vírus", acrescentou.
Já quanto a uma vacina pediátrica, foi revelado, na mesma entrevista, que já está concluída a inscrição de voluntários entre os 12 e os 18 anos. "Esperamos ter autorização da Agência Americana de Medicamentos até o verão e disponibilizar as ampolas antes do outono. Esperamos estar prontos em 2022".
De recordar que a norte-americana Moderna não é a única farmacêutica que pretende apresentar novas fórmulas de vacina. A Pfizer já revelou que está a preparar "para o verão" uma versão da sua vacina anti-Covid mais diluída e capaz de ser armazenada durante meses à temperatura de um frigorífico normal.
Em entrevista à agência de notícias francesa AFP, Albert Bourla explicou que a nova versão visa facilitar o seu uso e armazenamento, que obriga atualmente a ficar num ambiente de -70º centígrados.
"Estamos a trabalhar numa fórmula, muito melhorada, com a qual a vacina será fornecida já diluída e pronta para uso", afirmou, acrescentando que essa nova versão "poderá ser armazenada durante dois ou três meses num frigorífico, [à temperatura] de dois a oito graus, além de dois a três meses num congelador convencional".
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