Um militar espanhol, de 35 anos, morreu no final de abril, depois de ter sido vacinado com uma dose da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca.
O homem, membro do Regimento de Infantaria de América, em Navarra, morreu no dia 24 de abril, 17 dias depois de ser vacinado.
O caso foi reportado às autoridades sanitárias, que ficaram responsáveis por analisar uma possível relação entre a morte e a toma da vacina.
Fonte do Regimento refere que o homem se começou a queixar, dias depois, de fortes dores de cabeça. Chegou mesmo a procurar ajuda no departamento médico do seu quartel e, mais tarde, nas urgências de um hospital local. O militar acabou por desmaiar em casa e mais tarde viria a descobrir-se que a sua morte se deveu a uma trombose cerebral, com uma redução das plaquetas sanguíneas e uma hemorragia cerebral.
Esta segunda-feira, a ministra espanhola da Defesa, Margarita Robles, fez saber que os relatórios médicos concluíram que a morte do militar foi uma consequência da administração da vacina.
"Nos relatórios médicos que nos foram dados parece não haver dúvidas de que há uma relação", afirmou a governante.
O El Pais lembra que a vacinação dos membros do Exército decorreu fora do sistema de saúde público de Navarra, uma vez que este é da responsabilidade do Estado e não da região de Navarra. A unidade deste militar foi incluída no plano de vacinação, que estabeleceu que a vacina da Oxford deveria ser dada a pessoas com menos de 60 anos de idade pertencentes a profissionais da segunda linha, nomeadamente farmacêuticos, estudantes de saúde, pessoal dos corpos de segurança e de emergência, professores, entre outros.
O homem foi vacinado precisamente no mesmo dia em que Conselho Interterritorial de Saúde decidiu suspender a vacinação com a AstraZeneca para crianças menores de 60 anos, com base num relatório da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) que reconheceu haver uma "possível ligação" entre esta vacina e coágulos de sangue com baixos níveis de plaquetas.
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