Segundo o ministro da Saúde alemão, Jens Sphan, o Governo e as administrações sanitárias regionais acordaram que, até ao final de agosto, poderão ser vacinados os jovens e adolescentes entre os 12 e os 18 anos, medida que conta com a autorização da EMA para a vacina da Pfizer/BioNTech pela EMA para as crianças entre os 12 e 15 anos já a partir de junho.
O regulador europeu iniciou a avaliação no princípio deste mês para decidir se estende aos jovens o uso da vacina dos dois laboratórios atualmente autorizados a partir dos 16 anos.
A França, os Estados Unidos e o Canadá também já receberam "luz verde" dos respetivos reguladores para a utilização da vacina para a faixa etária entre os 12 e os 15 anos.
Até agora, não foi administrada nenhuma vacina a crianças, que estavam menos expostas aos casos graves da doença e cuja vacinação não era prioridade.
No entanto, representam uma grande parte da população e, como tal, necessitam de ser imunizados para conter a transmissão da doença, argumentam os especialistas.
O governo alemão já havia anunciado a meta de vacinar todos os adultos até ao final de setembro.
Com a inclusão de adolescentes, o país pretende acelerar a imunização de população alemã.
A Alemanha aumentou significativamente o ritmo da sua campanha de vacinação nas últimas semanas, administrando mais de um milhão de doses em alguns dias.
Cinco milhões de pessoas foram vacinadas em abril, mais do que nos três meses anteriores, sublinhou o ministro Jens Spahn.
Para manter o calendário, o Governo alemão também decidiu retirar a regra de prioridade de recebimento da vacina AstraZeneca, agora disponível para todos os públicos que a desejarem.
A autoridade sanitária nacional continua a recomendá-lo, sobretudo para os maiores de 60 anos.
Em relação aos grupos prioritários, ainda estão em vigor os benefícios a eles destinados.
A partir do fim de semana, as pessoas que receberam as duas injeções poderão beneficiar de um relaxamento das restrições sanitárias.
Exemplo disso é o facto de deixarem de estar sujeitos ao recolher obrigatório em vigor a partir das 22:00 locais, não tendo também de apresentar a confirmação de um teste negativos em todos os estabelecimentos.
Os cafés, restaurantes e equipamentos desportivos e culturais permanecem fechados na Alemanha desde o final de 2020, sem previsão de reabertura.
A Alemanha registou 21.953 novos casos e 250 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, o que representa uma queda em comparação aos 24.736 positivos e 264 óbitos ocorridos no mesmo dia da semana anterior.
A incidência acumulada em sete dias caiu no país para 129,1 novos casos por 100 mil habitantes, após registar 132,8 na quarta-feira e 154,9 de quinta-feira passada, segundo os dados do Instituto Robert Koch (RKI) hoje atualizados.
O fator de reprodução semanal é de 0,83, o que significa que a cada 100 infetados contagiam uma média de 83 outras pessoas.
O número máximo de infeções foi registado em 18 de dezembro com 33.777 novas infeções num dia e o número de óbitos em 14 de janeiro, com 1.244, enquanto a incidência atingiu o seu máximo em 22 de dezembro com 197,6.
A Alemanha acumulou 3.473.503 casos positivos do SARS-CoV-2 e 84.126 mortes pela covid-19 desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.244.598 mortos no mundo, resultantes de mais de 155,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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