Imagens divulgadas nas redes sociais mostram um grupo de índios americanos da etnia Misak em cima de um pedestal vazio, enquanto a estátua do conquistador do século XV, erguida em 1960, está no chão com um braço partido.
Em comunicado, citado pela France-Presse (AFP), os Misak afirmam que Gonzalo Jimenez de Quesada perpetrou os piores massacres da história, além de ter sido um "ladrão e violador".
Os indígenas disseram ainda que dele "descendem as famílias das elites" colombianas que "geraram os grandes problemas" do país como "a reforma tributária apresentada pelo governo" e "derrubada (...) por todos os povos unidos nas manifestações".
Centenas de milhares de pessoas têm-se manifestado nas ruas da Colômbia, desde 28 de abril, contra um projeto de reforma fiscal, que foi entretanto retirado no domingo.
Os manifestantes continuam a denunciar as políticas do Presidente conservador, cuja popularidade ronda atualmente os 33%.
Os confrontos violentos com a polícia deixaram pelo menos 26 mortos e centenas de feridos, de acordo com os últimos dados oficiais.
Os nativos do Sudoeste do país, que travam uma luta histórica pelas suas terras, já derrubaram pelo menos três estátuas de conquistadores, desde setembro de 2020.
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