O soberano "condenou as violações israelitas e as práticas que levam à escalada (da tensão) em redor da mesquita de Al-Aqsa", numa conversa telefónica com o presidente palestiniano, Mahmmud Abbas, segundo um comunicado divulgado pelo palácio real.
Abdallah II denunciou também "as provocações aos habitantes de Jerusalém que vão contra o direito internacional e os direitos humanos" e rejeitou "as tentativas das autoridades israelitas para mudar a situação demográfica em Jerusalém Oriental" e todas as medidas para mudar o estatuto histórico e jurídico existente".
O Rei da Jordânia insistiu na necessidade de Israel "acabar com as suas medidas ilegais para deslocar residentes do bairro de Sheikh Jarrah" em Jerusalém Oriental.
No centro da tensão dos últimos dias em Jerusalém está uma audiência sobre o destino das famílias palestinianas ameaçadas de despejo por colonos israelitas no referido bairro.
A audiência estava prevista para segunda-feira, mas foi adiada por um tribunal israelita sem que tenha sido apontada uma nova data.
Em Amã, decorreram hoje à tarde manifestações de apoio aos palestinianos, com apelos ao encerramento da embaixada de Israel e à expulsão do embaixador. Um dispositivo de segurança no local conseguiu manter os manifestantes afastados da representação diplomática.
Os manifestantes pediram também que seja abandonado o acordo de paz concluído em 1994 entre Israel e a Jordânia, considerando-o "humilhante e vergonhoso".
Mais de 220 pessoas, maioritariamente palestinianos, ficaram feridos na sexta-feira à noite em confrontos com a polícia israelita na Esplanada das Mesquitas, administrada pela Jordânia em coordenação com as autoridades palestinianas, em Jerusalém.
No sábado, novos confrontos fizeram mais de uma centena de feridos, com a polícia israelita a referir que 17 dos seus elementos também ficaram com ferimentos.
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