Antuérpia quer acordo com Angola para importação direta de diamantes
O Centro Mundial de Diamantes de Antuérpia, que representa mais de 1.600 empresas desta indústria, quer assinar um acordo com o governo angolano para a compra direta de diamantes, disse hoje o presidente da organização, Chaim Pluczenik.
© Lusa
Mundo Diamantes
"Antuérpia é o maior centro mundial de diamantes e Angola é um dos maiores produtores mundiais, queremos ter um fornecimento direto para a indústria belga", disse Chaim Pluczenik em declarações à Lusa, à margem de um encontro de empresários belgas com o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
O responsável destacou que 86% da produção mundial de diamantes passa por Antuérpia "Estamos preparados para assinar um acordo de longo prazo com o governo, com algumas companhias, tal como fizemos com a Alrosa (empresa diamantífera russa) e a DeBeers", acrescentou.
Chaim Pluczenik adiantou que a sua própria empresa, a Pluzcenik, uma das principais casas diamantíferas mundiais, criada há 65 anos, é uma das interessadas.
"Gostamos de trabalhar no longo prazo, não somos oportunistas. Gostamos de trabalhar numa base regular nos tempos bons e nos tempos maus", afirmou, apontando para um possível acordo de três a cinco anos.
A Antwerp World Diamond Centre (AWDC) é uma organização público-privada que representa, mas de 1.600 empresas de todo o mundo e está localizada na Bélgica.
Em Angola participaram hoje no encontro, em Luanda, 20 empresários ligados à AWDC que vieram explorar oportunidades de negócios e vão manter contactos com as empresas públicas angolanas SODIAM (comercialização de diamantes) e Endiama (mineração).
Os empresários vão visitar também as obras do Polo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo (PDDS) onde o governo angolano procura captar investimento privado para preencher os 26 lotes disponíveis.
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