Jerusalém: Nova reunião sem resultados do Conselho de Segurança
O Conselho de Segurança da ONU realizou hoje novamente uma reunião de urgência sobre o conflito entre Israel e os palestinianos, sem conseguir, mais uma vez, acordar numa declaração devido à oposição dos Estados Unidos, disseram diplomatas.
© ABBAS MOMANI/AFP via Getty Images)
Mundo Jerusalém
Para os Estados Unidos, maior apoiante de Israel, "o Conselho de Segurança assinala a sua preocupação reunindo-se, não é preciso mais", indicou à agência francesa de notícias AFP um diplomata, que não quis ser identificado.
"Os Estados Unidos não parecem considerar que uma declaração possa ajudar a uma diminuição da violência", adiantou outro diplomata, que também não quis ser identificado.
Segundo várias fontes, 14 dos 15 membros do Conselho de Segurança estavam a favor da aprovação de uma declaração comum para fazer baixar a tensão. A AFP não conseguiu até agora obter um comentário da missão norte-americana junto da ONU.
Uma fonte diplomática disse que, na reunião, o enviado da ONU para o Médio Oriente, Tor Wennesland, sublinhou que "a situação se deteriorou desde segunda-feira".
"Trata-se da maior escalada em anos", adiantou, alertando para "uma espiral de violência".
Na segunda-feira, durante uma primeira reunião de urgência do órgão executivo das Nações Unidas, os Estados Unidos tinham recusado a aprovação de um texto conjunto proposto pela Tunísia, Noruega e China, apelando as duas partes a absterem-se de qualquer provocação.
Washington explicou então não estar certo de que um texto pudesse ajudar a uma diminuição da tensão, afirmando temer que tal prejudicasse negociações nos bastidores para acalmar a situação.
O confronto entre os grupos armados da Faixa de Gaza e o Estado hebreu não revelou hoje quaisquer indícios de apaziguamento e levanta receios de uma "guerra em grande escala", nas palavras de Tor Wennesland na terça-feira.
Desde que começou a onda de violência entre Israel e Gaza, na segunda-feira, morreram pelo menos 48 palestinianos, incluindo 14 crianças, e seis civis israelitas, entre os quais um adolescente e um trabalhador indiano.
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