"Hoje fazemos os seguintes anúncios sobre as vindouras eleições regionais e municipais. Revisamos o cronograma eleitoral proposto e cabe destacar que foi aprovado por unanimidade. Decidimos que as eleições conjuntas vão ser no domingo, 21 de novembro deste ano" disse o presidente do CNE à televisão estatal venezuelana.
Segundo Pedro Calzadilla, do cronograma eleitoral fazem parte 16 auditorias, para "garantir a transparência".
Para tal, entre 01 de junho e 15 de julho de 2021 decorrerá o recenseamento e atualização de dados dos eleitores. Em 27 de julho será feita a seleção de integrantes dos organismos subalternos e das mesas eleitorais.
A apresentação de candidaturas está marcada para entre 09 e 29 de agosto; as modificações ou substituições de candidaturas entre 8 e 22 de setembro e no domingo 26 setembro terá lugar um simulacro das eleições, a nível nacional.
Sobre a campanha eleitoral, explicou que começará em 28 de outubro e terminará em 18 de novembro.
"Queremos destacar a importância histórica destas eleições regionais e municipais na Venezuela. Hoje os estados e municípios são espaços para a participação do nosso povo, em um momento inédito em que forças da nossa política vão a um acordo para garantir eleições em vias de paz", frisou.
Por outro lado, convidou as organizações políticas a eleger os seus candidatos e a "dirimir em paz" as suas diferenças.
Em 5 de maio último, Pedro Calzadilla, ex-ministro de Educação, tomou posse como presidente do Conselho Nacional Eleitoral, depois de ter sido nomeado pela Assembleia Nacional da Venezuela, eleita em dezembro de 2020 e dominada pelo chavismo.
Da direção do CNE fazem parte ainda os reitores Tânia D´Amélio e Alexis Corredor, das forças políticas que apoiam o Governo do Presidente Nicolás Maduro. Também Enrique Márquez e Roberto Picón em representação da oposição.
No entanto, um setor da oposição venezuelana, aliada a Juan Guaidó, não reconhece a atual direção do CNE e acusa os dois reitores opositores de estarem a fazer o jogo do Governo venezuelano.
Leia Também: Nicolás Maduro aceita proposta de diálogo de Juan Guaidó