Guterres "consternado" com número crescente de vítimas civis em Gaza

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, manifestou-se no sábado "consternado" com o número crescente de baixas civis, incluindo dez membros da mesma família mortos num ataque aéreo israelita ao campo de al-Shati em Gaza.

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© Getty Images

Lusa
16/05/2021 07:05 ‧ 16/05/2021 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

 

O ataque ocorreu no meio de uma nova escalada de violência entre israelitas e palestinianos que hoje entrou no seu sexto dia e levou o Conselho de Segurança da ONU a convocar uma reunião de emergência para domingo.

Segundo o seu porta-voz, Stéphane Dujarric, Guterres está também "profundamente preocupado" com a destruição por um ataque aéreo israelita de um edifício na cidade de Gaza que albergava os escritórios de várias organizações internacionais de comunicação social, bem como apartamentos residenciais.

Entre esses meios de comunicação social encontra-se a agência norte-americana Associated Press, cujo diretor, Gary Pruitt, afirmou numa declaração que uma "terrível perda de vidas foi evitada através da evacuação dos seus trabalhadores a tempo".

O colapso da torre Al Jalaa, que também albergava os escritórios da televisão Al Jazeera e outros meios de comunicação social, foi captado em direto por múltiplas redes de televisão internacionais, incluindo as que até hoje emitiam a partir daí.

De acordo com o exército israelita, o edifício "continha equipamentos pertencentes à inteligência militar" do movimento islâmico Hamas.

"O secretário-geral lembra a todas as partes que qualquer ataque indiscriminado contra estruturas civis e dos média viola o direito internacional e deve ser evitado a todo o custo", disse o seu porta-voz numa declaração.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou hoje com o Primeiro-Ministro israelita Benjamin Netanyahu, e pela primeira vez com o Presidente palestiniano Mahmoud Abbas, após a chegada à região, na sexta-feira, de um enviado dos EUA para tentar mediar um cessar-fogo.

Desde que a operação israelita começou na segunda-feira, a maior desde a guerra de 2014 com o Hamas, mais de 150 pessoas, na sua maioria palestinianos, foram mortas.

Leia Também: Médio Oriente: Canadá sublinha a "importância de proteger os jornalistas"

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