Três comboios que transportavam um total de 263 palestinianos - feridos nos recentes bombardeamentos do exército israelita, assim como estudantes e doentes graves - conseguiram passar pela fronteira de Rafah e chegar à região egípcia Sinai do Norte, referiram as mesmas fontes.
A organização Crescente Vermelho, que garante ajuda humanitária no Egito, está no Sinai do Norte e adiantou hoje na sua página de Facebook que foram colocadas equipas de emergência médica no lado egípcio de Rafah, para ajudar a transportar os feridos para hospitais egípcios.
No sábado, o Egito abriu a fronteira terrestre com Gaza e enviou 10 ambulâncias para o enclave palestiniano para transportar para os hospitais egípcios palestinianos que ficaram feridos nos bombardeamentos israelitas, indicaram responsáveis médicos.
A passagem de Rafah, aberta excecionalmente pelo Egito para a entrada das ambulâncias na Faixa de Gaza, não é controlada por Israel, que impôs um bloqueio ao enclave palestiniano há cerca de 15 anos.
Por norma, esta passagem fronteiriça está encerrada aos feriados, incluindo a Eid al-Fitr, a celebração muçulmana que marca o fim do jejum do Ramadão e que começou na quarta-feira.
Israel bombardeia Gaza em resposta a mísseis lançados pelo movimento islamita Hamas (que controla o enclave palestiniano) em "solidariedade" com centenas de palestinianos feridos nos confrontos com a polícia israelita na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, setor palestiniano ocupado por Israel e o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.
Os atuais combates são considerados os mais graves desde 2014.
Ao lançamento maciço de mísseis por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.
O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.
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