"A antiga doutrina (nuclear) também previa essa proteção para os nossos aliados (...) Quanto à nova, é claro que estamos a falar principalmente dos países da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC)", disse Shoigu em Astana, que acolhe hoje a cimeira composta pela Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão.
A Arménia suspendeu a participação na aliança.
Shoigu acrescentou que existe uma "adenda separada" sobre a Bielorrússia, que tem armas nucleares russas no seu território há mais de um ano.
Em declarações à imprensa, Shoigu insistiu que a nova doutrina russa é "clara, compreensível e transparente".
Este mês, o Presidente russo, Vladimir Putin, promulgou a nova doutrina nuclear russa, que permite responder com armas nucleares a ataques convencionais, e a Duma (Câmara Baixa do Parlamento Russo), aprovou um aumento de quase 25% das despesas para o setor da Defesa a partir do próximo ano, elevando-as para mais de 06% do Produto Interno Bruto (PIB).
As medidas foram tomadas no quadro de tensões entre a Rússia e o Ocidente, devido ao primeiro lançamento do novo míssil balístico russo Oreshnik contra uma fábrica de material militar ucraniana.
O lançamento do míssil hipersónico russo foi a resposta militar ao uso de mísseis de fabrico norte-americano por parte da Ucrânia.
A Arménia congelou a participação na OTSC no início de 2023, depois de ter denunciado a inação da aliança militar pós-soviética face aos ataques do Azerbaijão, que faz parte do mesmo bloco.
"Congelamos a nossa participação na OTSC não só porque não cumpre as obrigações para garantir a segurança da Arménia, mas também porque a OTSC cria ameaças à segurança da Arménia, à existência futura, à soberania e à condição de Estado", declarou o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinian, no passado mês de setembro.
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