Covid-19: Reino Unido inicia hoje nova etapa com viagens para Portugal 

O Reino Unido inicia hoje uma nova etapa do plano de desconfinamento, incluindo autorização para viajar de férias para o estrangeiro, mas apenas alguns países, entre os quais Portugal, permitem a entrada a britânicos. 

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© REUTERS/Toby Melville

Lusa
17/05/2021 07:06 ‧ 17/05/2021 por Lusa

Mundo

Pandemia

 

Dos 12 países e territórios da 'lista verde' do Governo britânico, que autoriza as viagens por motivos não essenciais e não exige quarentena de 10 dias no regresso, sete não deixam entrar turistas, como Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Brunei e Ilhas Malvinas.

O facto de ser um dos poucos destinos de praia na lista, a qual deixou de fora países populares como Espanha, Grécia e Turquia, levou a um número elevado de procura e reservas.

O grupo TUI disse à Agência Lusa ter adicionado mais cinco voos por semana a partir de hoje e atribuído aeronaves mais espaçosas para ter capacidade adicional. 

A partir de hoje, as pessoas na Inglaterra poderão também comer no interior de restaurantes ou beber uma cerveja num 'pub', em vez de ficarem limitados às esplanadas como até agora, e visitar familiares ou amigos dentro de casa e abraçá-los. 

Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte estão a seguir caminhos de reabertura semelhantes, mas ligeiramente diferentes.

Outros espaços de lazer, como cinemas, museus, teatros e salas de concerto poderão reabrir, embora com limites de capacidade para grandes eventos.

Porém, o entusiasmo com a reabertura do turismo e a restauração é ensombrado pela ansiedade que uma variante do coronavírus descoberta na Índia está a causar por estar a espalhar-se rapidamente.

O número de casos da variante B1.617.2 mais do que duplicaram numa semana no Reino Unido, desafiando uma tendência acentuada de queda em todo o país de infeções e mortes nas últimas semanas. 

Rastreios porta a porta e apelos para as pessoas serem vacinadas estão a ser realizados nas áreas do norte da Inglaterra mais afetadas.

O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, disse no domingo à BBC que a variante é mais transmissível do que a variante principal descoberta em Inglaterra no ano passado e "é provável que se torne a variante dominante".

"Mas a boa notícia é que temos cada vez mais confiança de que a vacina funciona contra a variante, a estratégia está no caminho certo. Só que o vírus ganhou um pouco de ímpeto e, portanto, todos temos que ser um pouco mais cuidadosos e cautelosos", disse. 

Na sexta-feira, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, não excluiu atrasar a quarta etapa do plano de desconfinamento, prevista para 21 de junho, quando o Governo pretendia levantar todas as restrições e medidas de distanciamento social. 

Disse também que não previa aumentar a "lista verde", a qual é suposto ser revista a cada três semanas, no futuro próximo.

O Reino Unido registou quase 128.000 mortes desde o início da pandemia, o número mais alto na Europa e o quinto a nível mundial. 

O número de casos caiu para uma média de cerca de 2.000 por dia, em comparação com quase 70.000 por dia durante o pico do inverno, e as mortes caíram para um dígito por dia.

Quase 70% dos adultos britânicos receberam a primeira dose de uma vacina contra o coronavírus e 38% receberam as duas doses.

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