"A linguagem antissemita não tem lugar em lado nenhum", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em comunicado, na terça-feira, no qual também qualificou as observações de Recep Tayyip Erdogan de "repreensíveis".
Na segunda-feira, Erdogan acusou o homólogo norte-americano, Joe Biden, de "escrever história com sangue nas mãos" por apoiar Israel. "Não existe suficiente reação internacional aos ataques de Israel desde 2008", acrescentou, para concluir: "São assassinos, matam até bebés".
Os Estados Unidos instaram Erdogan e outros líderes turcos "a absterem-se de comentários inflamatórios, que poderiam incitar a mais violência", sublinhando que leva "a sério a violência que frequentemente acompanha o antissemitismo e as mentiras perigosas que o sustentam".
Horas antes, a Casa Branca tinha insistido na necessidade de deixar a diplomacia trabalhar de forma "silenciosa" para se alcançar o "fim da violência" em Gaza.
A escalada da guerra entre os dois lados já causou a morte a mais de 210 palestinianos e a 12 israelitas, dez dias depois do início das ofensivas.
Na segunda-feira, Biden tomou pela primeira vez uma posição pública a favor de um cessar-fogo, após ter recebido pressões de membros do Partido Democrata e de outros países para desempenhar um papel mais ativo na crise no Médio Oriente.
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