Covid-19: Mais de metade da população de Macau já pediu vales de consumo

Cerca de 350 mil residentes em Macau já se inscreveram para receber vales de consumo eletrónico, uma medida para apoiar o comércio local e combater os efeitos da pandemia, representando mais de metade da população do território.

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Lusa
19/05/2021 10:06 ‧ 19/05/2021 por Lusa

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Pandemia

 

A inscrição no novo plano do Governo para incentivar o consumo prolonga-se até 10 de dezembro, mas desde que arrancou, em 07 de maio, "mais de 350.000 residentes já concluíram" o processo, anunciaram hoje a Direção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico e a Autoridade Monetária de Macau.

De acordo com o comunicado divulgado hoje, até 18 de maio estavam inscritas 354.358 pessoas, o que representa mais de metade da população do território, com cerca de 680 mil habitantes.

Os residentes vão ter acesso a um subsídio de cinco mil patacas (521 euros) e a um montante de três mil patacas (313 euros) em descontos imediatos, através de pagamento móvel ou de um cartão eletrónico. No total, podem beneficiar de vales no valor de oito mil patacas (834 euros) entre 01 de junho e 31 de dezembro.

Em 12 de abril, o executivo do território anunciou novos apoios ao consumo para os residentes em Macau, no valor total de 5,88 mil milhões de patacas (613 milhões de euros), depois de ter estreado em 2020 esta medida, em plena crise sanitária, com a atribuição de um subsídio direto de oito mil patacas, também em vales de consumo eletrónico.

O plano é uma das iniciativas que integram a estratégia governamental de salvaguarda do emprego e estabilização da economia.

A Assembleia Legislativa (AL) de Macau aprovou em 29 de abril o aumento das despesas do orçamento de 2021 em 8,3 mil milhões de patacas (870 milhões de euros), recorrendo à reserva financeira para fazer face aos gastos no combate à pandemia.

Considerada uma das regiões mais seguras do mundo em relação à pandemia de covid-19, Macau contabilizou apenas 50 casos desde que o novo coronavírus chegou ao território, no final de janeiro de 2020, não tendo registado até hoje nenhuma morte causada pela covid-19.

Apesar disso, a economia de Macau, fortemente dependente dos casinos e do turismo chinês, sofreu com a forte queda no número de turistas que visitaram o território, com os casinos a registarem, em 2020, uma quebra de 79,3% nas receitas, em relação ao ano anterior.

O número de visitantes e as receitas dos casinos já mostraram sinais de recuperação este ano, mas ainda assim longe do período pré-pandemia.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.391.849 mortos no mundo, resultantes de mais de 163,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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