"Nem sempre é possível fazê-lo diretamente, mas claro que o Hamas deve estar envolvido de uma maneira ou de outra, porque sem o Hamas não há cessar-fogo", declarou Merkel num fórum organizado pela empresa de radiodifusão pública alemã WDR.
"Claro que devem existir contactos indiretos com o Hamas", disse, adiantando que "o Egito fala com o Hamas, assim como outros Estados árabes".
Sublinhou que o Egito é "um fator muito importante na questão do cessar-fogo e da paz".
A chanceler alemã reafirmou que Israel tem "direito à autodefesa" e assegurou que a Alemanha "contribuirá para as tentativas diplomáticas visando criar uma situação duradoura de longo prazo".
O chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas, está hoje em visita a Israel e aos territórios palestinianos para uma série de encontros com o objetivo de se conseguir um cessar-fogo.
Maas é o primeiro alto responsável europeu a deslocar-se à região desde o início deste novo ciclo de violência entre Israel e os grupos armados na Faixa de Gaza, no passado dia 10, que já causou pelo menos 239 mortos, a grande maioria palestinianos.
"Tudo o que fizermos deve ser visto no contexto dos esforços dos norte-americanos e dos outros países europeus. Sozinhos não seremos um fator decisivo", disse ainda Merkel.
O Presidente Joe Biden apelou na quarta-feira a uma "diminuição da violência" imediata no caminho para um cessar-fogo.
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