"Atingimos os objetivos da operação com um sucesso excecional", afirmou Netanyahu a jornalistas no quartel-general das forças armadas em Telavive, após a entrada em vigor de um cessar-fogo às 02:00 locais (meia-noite em Lisboa) que pôs fim a 11 dias de hostilidades mortais.
"O Hamas já não se pode esconder", adiantou, em declarações transmitidas em direto na televisão. "Eliminámos mais de 200 terroristas, incluindo 25 oficiais", disse ainda.
O ministro da Defesa, Benny Gantz, disse, por seu turno, que todos os "objetivos operacionais" tinham sido "atingidos".
"Desferimos um golpe muito duro ao Hamas", declarou Gantz, acrescentando: "Fizemos as suas capacidades recuarem anos".
Através de mediação do Egito, Israel e o Hamas acordaram o fim de combates que causaram pelo menos 243 mortos do lado palestiniano, incluindo 66 crianças e numerosos combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica, e 12 mortos em Israel, entre os quais duas crianças e um soldado.
As hostilidades iniciaram-se a 10 de maio com disparos de 'rockets' do Hamas contra Israel em "solidariedade" com as centenas de palestinianos feridos em confrontos com a polícia israelita na Esplanada das Mesquitas, terceiro local santo do islão junto ao lugar mais sagrado do judaísmo, localizado em Jerusalém Oriental.
Após aqueles primeiros tiros de 'rockets', Israel lançou uma operação visando "reduzir" as capacidades militares do Hamas, multiplicando os ataques aéreos na Faixa de Gaza, território exíguo com dois milhões de habitantes, sob bloqueio israelita há quase 15 anos.
O Hamas e a Jihad Islâmica, por seu turno, lançaram mais de 4.300 'rockets' sobre Israel, com uma intensidade sem precedentes. O Estado hebreu possui um escudo antimíssil que permitiu intercetar 90% daqueles projéteis.
"Se o Hamas pensa que vamos aceitar que dispare contra nós, está enganado", disse hoje Netanyahu, prometendo responder com "um novo nível de força contra qualquer expressão de agressão contra as comunidades em redor de Gaza e qualquer outra parte de Israel".
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